(Poema Sintipo VII) *
MUNDO AZEDO
Contemplo da janela as plantinhas da horta,
Cultivadas com adubo, água e natureza morta.
Do mercado, em plásticos, vem o que se come,
Embalado chega o alimento que mata... a fome.
É careta cultivar beladona, tomate, alfazema...
Do fabricante, devo saber nome e sobrenome,
Contabiliza-me como refém real, que consome.
Vivo ou morto, sou um número. É o que importa.
Fácil! Prático! Somos cobaias (eu e minha aorta),
No shopping, à beira-mar ou sobre o rochedo.
Sandra Fayad
Assistente editor: Hugo de Aguiar
deaguiar.hugo@gmail.com
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